Todo dia ele vem aqui me encher o saco. Fica rodeando, encarando, como se fosse o dono do mundo. Não está nem aí pra mim, nem aí pra ninguém. Só se preocupa com o seu próprio umbigo.
E aí ele vai embora sem olhar pra trás, sem se despedir, até voltar amanhã e fazer tudo de novo. E eu não posso falar nada com aquele cachorro.
É foda ser árvore.