Na casa dela tinha aqueles brinquedos de madeira que a gente usa pra construir prédios e pontes e casas e cidades e que passou pelas mãos de várias crianças-hoje-adultas. E tinha uma miniatura da Torre Eiffel que virava parte de tudo que a gente fazia.

Na casa dela tinha melancia geladinha pra ajudar a refrescar os dias quentes enquanto a gente esperava o almoço de domingo. E tinha também uma sanfona que ela tocava e deixava a gente impressionado com aquele tanto de botõezinhos.

Na casa dela tinha história pra ouvir e contar, tinha passado, tinha carinho, tinha tudo. Mas hoje, da casa dela, só sobrou saudade.