Ele odiava se sentir preso. E era sempre assim: preso em casa, preso no trabalho, preso na frente do computador. Por isso, não gostava de dias de chuva. Não dava para sair e fazer o que mais gostava: caminhar.
Andar era a sua paz. Podia ser de casa ao trabalho ou do trabalho para casa. Ir ao supermercado, à padaria, ao banco. Tudo ele fazia a pé. Caminhar parecia o céu.
Um dia, se cansou de tudo que o prendia na sua vida de sempre. Resolveu caminhar pelo mundo. Com uma mochila nas costas e o mínimo necessário, saiu andando para nunca mais voltar.