Bailarina

data

Um, dois, três, um, dois, três, ela repetia ainda na cama, com preguiça de encarar os dias frios.

Um, dois, três, um, dois, três, ela repetia enquanto tomava café, tomava banho, tomava o ônibus.

Um, dois, três, um, dois, três, ela repetia enquanto estudava matemática, geografia e português.

Um, dois, três, um, dois, três, ela repetia sempre que não tinha ninguém olhando.

Um, dois, três, um, dois, três, ela repetia até na hora de dormir, sonhando com o dia que sairia da cadeira de rodas para, enfim, subir ao palco.

Outras
leituras